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Montanismo de volta: Fiéis transformam mata perigosa em monte de orações

Fiel na Escada de Jacó
 O movimento interminável num monte em Irajá intriga quem passa por perto. Quem está embaixo pode ver pessoas olhando para o céu, lendo, declamando e até ajoelhados. São dezenas de fiéis de diversas igrejas cristãs que sobem o monte diariamente para um momento particular de oração. O local foi denominado pelos fiéis de Escada de Jacó, numa comparação ao personagem Jacó da Bíblia.
O responsável pela iniciativa é o vigilante Marcelo Flores, de 44 anos, da Assembleia de Deus. Marcelo mora na comunidade Rio D'Ouro, próxima ao local, e garante que a missão de cuidar do monte foi dada por Deus.
— Há sete meses, sonhei que Deus me encarregava de vir para esse lugar. No sonho, anjos me entregavam sementes para eu plantar e Deus me dizia: "Vou transformar este lugar em bênção".
No entanto, Marcelo garante que já tinha intenção de reunir cristãos.
— Queria fazer um monte que chamasse a atenção das pessoas evangélicas, mas esperei a oportunidade do Senhor — conta o vigilante, que frequentava montes em outros bairros.
Após o sonho, Marcelo conta que pediu uma confirmação a Deus e recebeu.
— Peguei a Bíblia e, quando abri, caiu no livro de Gênesis, contando exatamente a história de Jacó.
Pessoa em momento de oração
A escada de Jacó da Bíblia representa, simbolicamente, a ligação entre a Terra e os Céus. Isso deve-se à visão de Jacó, registrada no livro de Gênesis.
A partir da confirmação, Marcelo começou sua peregrinação. Com a ajuda de outros fiéis, limpou e capinou o local, pintou e decorou as pedras. Eles conseguiram até uma autorização com a Prefeitura para zelarem pelo monte.
— Antes as pessoas se prostituíam, se drogavam e até cometiam assassinatos aqui. Agora o terreno é do Senhor — explica o religioso, que afirma receber 70 pessoas nas noites mais movimentadas.
A segurança no local é outro fator que atrai muitos cristãos. Rosane Cristina, de 38 anos, conta que foi a alguns montes, mas se sente mais segura na Escada de Jacó.
— Todos os montes onde eu estive tinham a mata muito fechada. Aqui Deus toma conta — brinca.
O que é o Montanismo?

O Wikicionário (http://bit.ly/cLd4hR) informa que é uma "heresia criada por Montano no século II, que defendia novas revelações do Espírito Santo" e o Wikipedia completa informando que
Montanismo foi um movimento cristão fundado por Montano por volta de 156-157 (ou 172), que se organizou e difundiu em comunidades na Ásia Menor, em Roma e no Norte de África.

Montano nasceu na Frígia (Ásia Menor Romana, hoje Turquia),  e afirmava possuir o dom da profecia, e que havia sido enviado por Jesus Cristo para inaugurar a era do Paráclito. Duas mulheres que o acompanhavam, Priscila e Maximila, afirmavam que o Espírito Santo falava através delas. Durante os seus êxtases anunciavam o fim iminente do mundo, conclamando os cristãos a reunirem-se na cidade de Pepusa, na Frígia, onde surgiria a Jerusalém celeste, uma vez que uma nova era cristã se iniciava com esta nova revelação.
O seu adepto mais famoso foi Tertuliano (c. 170-212), um dos primeiros doutores da Igreja, autor de inúmeras obras em defesa da Cristandade. Em torno de 210, insatisfeito com o pensamento cristão e suas práticas, uniu-se ao Montanismo, sendo considerado herético, embora não haja evidências concretas de que tenha fundado uma seita própria.
As perseguições à seita aumentaram sensivelmente durante o governo do imperador Constantino, que contra ela expediu severos decretos imperiais. O movimento perdurou, entretanto, até ao século VIII.

O movimento caracterizou-se como uma volta ao profetismo, pretendendo revalorizar elementos esquecidos da mensagem cristã primitiva, sobretudo a esperança escatológica. Propunha um rigoroso ascetismo, visando à preparação para o momento final, preceituando-se a castidade durante o casamento e proibindo-se as segundas núpcias. No plano alimentar instituiu-se o jejum durante duas semanas por ano e a xerofagia (consumo de alimentos secos), sem o consumo de carne. Negavam a absolvição aos réus de pecados graves (mesmo após o batismo com confissão e arrependimento). As mulheres eram obrigadas ao uso de véu nas funções sagradas. Recomendava-se aos fiéis que não fugissem às perseguições e que se oferecessem voluntariamente ao martírio.
Os Montanistas viviam separados da igreja ortodoxa, denominando-se como "pneumáticos" (inspirados pelo sopro do espírito), em oposição aos demais cristãos, considerados "psíquicos" ou racionalistas.
Os primeiros sínodos ocuparam-se do Montanismo e vários apologistas o atacaram, uma vez que se temia a violência anti-romana da seita, cuja busca deliberada pelo martírio era percebida como um perigo para a paz entre a cristandade e o Estado. A Igreja, então já suficientemente organizada, reprimia ainda a inspiração profética que terminou se refugiando entre as seitas. A resistência que o Montanismo impunha à instituição eclesiástica, tornava-o perturbador à hierarquia, uma vez que o movimento respondia às necessidades e anseios de largas camadas cristãs, desiludidas ante o retardamento da Parusia, razão de sua rápida expansão. Considera-se por fim, que as violentas oposições que suscitou no meio cristão romano demonstram que não se tratava apenas de uma simples resistência à heresia, mas sim de um conflito teológico entre a igreja de Roma (Ocidente) e a Asiática (Oriente), da qual o Montanismo surgia como um desenvolvimento natural

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