Histórico
ários cultos até hoje praticados no Brasil começaram na África, muito antes do período da escravidão, onde basicamente predominavam três religiões: cristianismo, islamismo e religiões tribais ou primais.
Na realidade, os cultos afro-brasileiros vêm da prática religiosa das tribos. Por isso, cada uma tem a sua forma peculiar de chamar o nome de Deus, promover seus cultos, estruturar sua organização, celebrar seus rituais, contar sua história e expressar as suas concepções através dos símbolos.
Os cultos afros inicialmente eram ritos de preservação cultural dos grupos étnicos.
No Brasil eles associam-se à vinda de escravos negros trazidos de lugares como Nigéria, Benin e Togo. E também estão profundamente ligados à preservação da cultura, da arte e da religião dos negros.
Em diferentes momentos da história, aos poucos, as religiões afro-brasileiras foram se formando nas mais diversas regiões e estados. É justamente por isso que elas adotam diferentes formas e rituais, diferentes versões de cultos.
O Candomblé é uma religião musical e culturalmente rica, pois sua dança tem papel muito importante nos rituais.
O Candomblé é o culto afro que mais preserva as origens africanas em sua integridade, procurando evitar o sincretismo religioso.
rganização
ações do Candomblé:
Gegimarri
Keto
Angola
Ijexá
Efon
Xambá
Nagô
Cada uma destas nações vai puxando outras.
A estrutura administrativa do Candomblé é totalmente descentralizada. Cada local tem a sua própria diretoria, sacerdotes e iniciados.
No entanto, possui um sistema nacional e regional muito bem organizado, que promove a inter-relação dos terreiros. Este sistema compreende uma adaptação pelos escravos da sociedade brasileira no Império.
O rei do Candomblé no Brasil é o Prof. José Ribeiro.
União Umbandista dos Cultos Afro-brasileiros – Entidade coordenadora que organiza, registra os terreiros de Umbanda e Candomblé no Rio de Janeiro. Além disso, presta serviços de assistência social aos associados. Sua sede fica no bairro de Madureira, Zona Norte, à rua Dagmar da Fonseca, 37/grupo 205.
Federação de Umbanda e Candomblé - São Paulo(Capital) - fornece orientação jurídica para os templos religiosos e assessora registrando atas, estatutos sociais e abrindo oficialmente os terreiros.
Oferece também orientação espiritual.
A sede da Federação de Umbanda e Candomblé é na Praça General Costa Barreto, 111 - bairro do Tatuapé, Capital Paulista. Telefone 0xx-21-66737416
Fundamentação Doutrinária
andomblé é uma palavra africana que significa dança. Propriamente, é uma dança religiosa na qual se reza para os orixás.
Esta dança é uma invocação praticada por mulheres chamadas de sambas.
Todos os seguidores das religiões afro-brasileiras têm seu orixá. Acreditam que todos os seres humanos nascem da Natureza, em um determinado dia, lugar e hora sob o comando de um orixá.
No Candomblé, o orixá é uma força da criação divina, manifestação de Olorum, o criador de tudo (Deus).
Os Orixás
Exu: Mensageiro, guardião, guerreiro.
Senhor dos caminhos, da comunicação, da inteligência, do bom humor e da sexualidade.
Exu está presente em todos os lugares e mantém contato com todos os orixás e ancestrais. Sua personalidade assemelha-se ao perfil humano, reunindo num só contexto o bem e o mal. É amante dos prazeres da vida, das cores e odores.
Ferramenta: objeto de madeira – (apaogó)
Comida: farofa de dendê com muita bebida, de preferência aguardente; acarajé; xinxim; (acassé) com azeite de dendê.
Cor da roupa: vermelho e preto. Usa colar com contas vermelhas e pretas.
Animal: bode
Animais de sacrifício: boi, cabra, galo, galinha sempre de cor preta.
Vestes para o ritual: capas majestosas em vermelho e preto.
Local de culto: encruzilhadas – para simbolizar os vários lados de cada caminho.
Dia consagrado: segunda feira (mas pode atuar se solicitado em outros dias).
Ogum: Deus da guerra, da metalurgia, da tecnologia.
Orixá inventor, grande explorador de caminhos e general dos demais orixás.
Ogum é o filho primogênito da família dos Orixás Caçadores, foi encarregado por Olorum (criador do Universo) para abrir o caminho para todos os orixás. É Ogum quem abre todos os caminhos da vida. Seu perfil é valente, sério e justo. Sua morada é na floresta.
Elemento: terra
Metal: ferro
Cor: verde e azul (simbolizando a mata e o céu)
Ferramenta: Espada
Comida: milho amarelo cozido, com coco – (axoxó)
Animal: Cachorro
Local de culto: Estradas, principalmente em
estradas de ferro.
Animais de sacrifício: Bode, galo de cor avermelhada.
Vestes: saiotes de cor azul marinho e branco, capacetes de pano bordados com penacho das mesmas cores e uma corrente pendente do penacho.
Dia consagrado: Terça feira.
Oxóssi: Deus da fauna, da caça, da fartura. Senhor da Ecologia e patrono dos animais.
É esposo de Oxum, pai de Logum Edé e pai adotivo de Oiá Iansã. Oxossi é o irmão mais novo de Ogum, e responsável por toda a comida que chega até a nossa mesa. Seu nome significa: “caçador de uma só flecha”.
Devido à popularidade de seu culto, é patrono em muitos terreiros da Bahia.
Elemento: terra
Ferramenta: arco e flecha.
Comida: milho amarelo cozido com coco; feijão
fradinho torrado.
Animal: Cavalo.
Cor: Azul turquesa.
Animais de sacrifício: boi, bode, porco, galo mariscado (carijó) galinha d’angola.
Vestes: deve predominar o verde, saiotes de plumas, penacho e capacetes verdes. Nas mãos arcos e flechas podem acrescentar troféus de caça.
Dia: quinta-feira.
Ossaim: Deus das folhas e vegetação.
Animais de sacrifício: bode e galo desde que não sejam pretos.
Vestes: cor verde claro, o cetro é um galho de árvore, geralmente de café com seus frutos.
Dia: quinta-feira.
Oxumarê: Deus do arco-íris.
Animais de sacrifício: carneiro, cágado, galo avermelhado.
Vestes: bem coloridas, verdes e amarelos predominam, um torso colorido na cabeça com uma trança descendo pelas costas, até o chão. Por cima do torso uma coroa com imagem de uma cobra.
Dias: terça-feira e sábado.
Xapanã:Tem duas formas: Obaluaiê e Omulu. Obaluaiê é o Xapanã jovem, das pragas e doenças , da cura.
Animais de sacrifício: porco, bode, galo, galinha d’angola nas cores preta e branca.
Vestes: feitas nas cores das guias, pretas e brancas, recobertas de palha- da- costa, que tapa o rosto e todo corpo.
Dia: segunda-feira.
Omolu é o Xapanã velho, médico dos pobres.
Animais de sacrifício: bode, cabra, galo, galinha d’angola nas cores branca e preta.
Vestes: as mesmas de Xapanã Abaluaê tendo um cetro chamado xaxará.
Xangô: Deus da justiça e do trovão. Patrono da política, diplomacia, sedução e articulação. Senhor da vida, é o grande Rei dentre os orixás. Iansã, Obá e Oxum são suas esposas. Xangô controla o fogo, porém seu poder só tem efeito se praticado junto com Iansã, de quem Xangô não pode se separar.
Elemento: fogo
Metal: cobre
Comida: guisado de quiabo picado, temperado com dendê, camarão seco, cebola e pimenta.
Cor: vermelha e branca.
Animal: Leopardo
Local de culto: pedreiras
Animais de sacrifício: galo, boi, bode, carneiro todos avermelhados.
Vestes para o ritual: vermelhas e brancas, na cabeça coroa de latão ou cobre, na mão um cetro de latão em forma de machado.
Dia: quarta-feira.
Iansã: dona dos espíritos dos mortos e dos relâmpagos. Senhora da alegria e protetora das mulheres.
Seu nome significa “rápida, ligeira”. Filha adotiva de Oxossi, casou-se com Ogum e Xangô.
Junto com Xangô, ela controla o poder do fogo.
Elemento: mar
Metal: cobre
Comida: acarajé
Ferramenta: espada e uma espécie de cedro feito com rabo de boi.
Animal: búfalo e borboleta.
Local de culto: montanhas e lugares altos.
Cor: vermelho.
Animais de sacrifício: cabra que não seja preta e galinha avermelhada.
Vestes: são coloridas predominando a cor coral, usam muitos colares e enfeites, e na cabeça uma coroa bordada com imbé, franja de pérolas que caem sobre a face.
Dia: quarta-feira.
Obá: Deusa das águas, do poder da mulher e do trabalho doméstico.
Oxum: Deusa do amor e da fertilidade, das águas doces e do ouro.
Olorum, criador do Universo, enviou seus orixás até a terra. No entanto, ele esqueceu de enviar Oxum. A terra se tornou seca, sem água e sem vida. Percebendo o engano, Oxum foi enviada à terra para trazer beleza e fertilidade.
Oxum casou-se com Oxóssi e logo em seguida com Xangô. Mãe de Iansã e Logum Edé. Vaidosa e bela, Deusa do ouro, ela adora braceletes, coroas e espelhos.
Metal: ouro
Comida: feijão fradinho com camarão seco, cebola
e dendê.
Ferramenta: leque com espelhos (abebé)
Animal: pássaro
Local de culto: águas doce.
Animais de sacrifício: boi, cabra, galinha amarela.
Vestes: Amarelas com enfeites coloridos de azul, branco e rosa.
Dia: sábado.
Logum Edé: Orixá dos rios dentro das florestas.
Iemanjá: É a Grande Mãe dos Orixás, a deusa da maternidade, das grandes águas, mares e oceanos. Iemanjá é esposa de Oxalá. A palavra “Iemanjá” quer dizer “Grande Mãe cujos filhos são peixes”.
Aprecia pratos preparados com milho branco, azeite de dendê, cebola e camarão seco. Iemanjá é uma mulher sensual que encanta os navegantes.
Elemento: água
Metal: prata
Animais de sacrifício: cabra, ovelha. Pata de galinha toda branca.
Vestes: cor branca prateada, podendo ser adornada com azul claro ou rosa. Na cabeça uma coroa de cor branca.
Oferendas: flores, perfumes, jóias, bonecas, sabonetes, sendo que em todos os presentes oferecidos devem predominar cores claras, como a água.
Ferramenta: alforje de prata e o Bebé – leque prateado com pedras azuis, verdes e brancas transparentes.
Dia: sábado.
Animal: peixe
Nanã (Nanã Baruquê) Orixá da chuva, da lama e do fundo das águas. Promove a purificação da atmosfera e a limpeza.
Animais de sacrifício: cabras, galinhas e patas brancas.
Vestes: Roupas brancas com aplicações em roxo claro.
Dias: domingo e terça-feira.
Sincretismo: Santa Ana.
Oxalá: É o Senhor da Sabedoria de dois mundos: Orum (o céu) e Ayê (terra).
Manifestação cósmica do céu, da terra, da luz, da paz e do amor. Foi incumbido por Olorum, criador do Universo, para criar todos os seres da Terra.
É esposo de Yemanjá e Nana (a Anciã). Usa um cajado para separar os dois mundos. Seu cajado era feito da madeira da árvore dos orixás, (os irocos), uma árvore mística que ligava a terra ao céu através das suas raízes e galhos. Nos dias de hoje esse cajado é feito de prata. O mundo é dividido em duas partes: Oxalá é o princípio masculino da criação e Ododua o princípio feminino. Ambos se completam e não vivem separados.
Oxalá se apresenta de duas maneiras:
Como ancião – Abauxorô
Como guerreiro – Oxoriã
Tem duas formas de manifestação. Oxaguiã e Obatalá.
Oxaguiã: (nascer do sol) Deus da sobrevivência da criação, da cultura material.
Obatalá ou Oxalufã: (pôr do sol) Deus da criação e da humanidade.É o pai de todos os orixás.
Senhor do ar, do branco, da fala, símbolo da paz.
Chamado por muitos o Velhão.
Metal: prata
Animal: caramujo
Comida: massa de milho cozido colocado numa casca de banana.
Símbolo de proteção: grande pano branco.
Animais de sacrifício: boi pequeno, novilho, bode, cabra, carneiro, galinha e pombo sempre de cor branca. O pombo nunca deve ser sacrificado, é simplesmente oferecido e posto em liberdade.
Vestes: brancas com braceletes desenhados com búzios e paxorô (centro especial) prateados tendo na sua extremidade superior uma esfera encimada por uma pomba de asas abertas.
Dia: sexta-feira.
Erê ou Ibêji: Mediador entre Iaô e Babalaô.
Ao Erê não existe dia especialmente consagrado, pois atua às vezes antes da vinda dos orixás (transmite ordens recebidas dos orixás, vibrações).
É o Deus das guloseimas.
Nas manifestações de Erê, o Iaô sob a sua vibração se comporta como criança.
Ifá: Protetor do jogo de búzios, das artes divinatórias, de cola de dendê.
Este orixá jamais se incorpora, mas atua de outras maneiras.
Dia consagrado: domingo.
Ritos
Danças e ritmos
Durante os cultos, no Candomblé, predominam sempre, ritmos empolgantes e sons de instrumentos de percussão, num compasso bem marcado.
Por causa de seu rito, o candomblé se tornou conhecido como uma dança religiosa, de origem africana, na qual os iniciados reverenciam seus orixás. Esta dança é praticada principalmente por pessoas do sexo feminino, chamadas sambas.
Em seus ritos, a palavra orixá tem o peso de designar as forças cósmicas e vivas da Natureza, numa tradição que remonta aos homens primitivos.
Cerimônias
São várias as cerimônias no Candomblé. Quando um orixá está sendo homenageado, com os atabaques batendo e os iniciados e participantes cantando e dançando, pode acontecer que um dos presentes não iniciado receba a vibração do orixá que se homenageia. Com essa vibração, o participante entra em estado de inconsciência, em transe, caindo ao solo, num fenômeno chamado internamente de “bolar para o santo” ou “virar no santo”, se já for um iniciado. A pessoa em transe é levada para o roncó, onde ficará aguardando as determinações do babalaô, que mais tarde confirma o orixá manifestado, através da consulta ao Ifá (jogo dos Búzios). Depois disso ele realiza a cerimônia de feitura do orixá na cabeça.
Jogo dos Búzios
É uma das formas de se consultar o orixá Ifá, o orixá da adivinhação
ários cultos até hoje praticados no Brasil começaram na África, muito antes do período da escravidão, onde basicamente predominavam três religiões: cristianismo, islamismo e religiões tribais ou primais.
Na realidade, os cultos afro-brasileiros vêm da prática religiosa das tribos. Por isso, cada uma tem a sua forma peculiar de chamar o nome de Deus, promover seus cultos, estruturar sua organização, celebrar seus rituais, contar sua história e expressar as suas concepções através dos símbolos.
Os cultos afros inicialmente eram ritos de preservação cultural dos grupos étnicos.
No Brasil eles associam-se à vinda de escravos negros trazidos de lugares como Nigéria, Benin e Togo. E também estão profundamente ligados à preservação da cultura, da arte e da religião dos negros.
Em diferentes momentos da história, aos poucos, as religiões afro-brasileiras foram se formando nas mais diversas regiões e estados. É justamente por isso que elas adotam diferentes formas e rituais, diferentes versões de cultos.
O Candomblé é uma religião musical e culturalmente rica, pois sua dança tem papel muito importante nos rituais.
O Candomblé é o culto afro que mais preserva as origens africanas em sua integridade, procurando evitar o sincretismo religioso.
rganização
ações do Candomblé:
Gegimarri
Keto
Angola
Ijexá
Efon
Xambá
Nagô
Cada uma destas nações vai puxando outras.
A estrutura administrativa do Candomblé é totalmente descentralizada. Cada local tem a sua própria diretoria, sacerdotes e iniciados.
No entanto, possui um sistema nacional e regional muito bem organizado, que promove a inter-relação dos terreiros. Este sistema compreende uma adaptação pelos escravos da sociedade brasileira no Império.
O rei do Candomblé no Brasil é o Prof. José Ribeiro.
União Umbandista dos Cultos Afro-brasileiros – Entidade coordenadora que organiza, registra os terreiros de Umbanda e Candomblé no Rio de Janeiro. Além disso, presta serviços de assistência social aos associados. Sua sede fica no bairro de Madureira, Zona Norte, à rua Dagmar da Fonseca, 37/grupo 205.
Federação de Umbanda e Candomblé - São Paulo(Capital) - fornece orientação jurídica para os templos religiosos e assessora registrando atas, estatutos sociais e abrindo oficialmente os terreiros.
Oferece também orientação espiritual.
A sede da Federação de Umbanda e Candomblé é na Praça General Costa Barreto, 111 - bairro do Tatuapé, Capital Paulista. Telefone 0xx-21-66737416
Fundamentação Doutrinária
andomblé é uma palavra africana que significa dança. Propriamente, é uma dança religiosa na qual se reza para os orixás.
Esta dança é uma invocação praticada por mulheres chamadas de sambas.
Todos os seguidores das religiões afro-brasileiras têm seu orixá. Acreditam que todos os seres humanos nascem da Natureza, em um determinado dia, lugar e hora sob o comando de um orixá.
No Candomblé, o orixá é uma força da criação divina, manifestação de Olorum, o criador de tudo (Deus).
Os Orixás
Exu: Mensageiro, guardião, guerreiro.
Senhor dos caminhos, da comunicação, da inteligência, do bom humor e da sexualidade.
Exu está presente em todos os lugares e mantém contato com todos os orixás e ancestrais. Sua personalidade assemelha-se ao perfil humano, reunindo num só contexto o bem e o mal. É amante dos prazeres da vida, das cores e odores.
Ferramenta: objeto de madeira – (apaogó)
Comida: farofa de dendê com muita bebida, de preferência aguardente; acarajé; xinxim; (acassé) com azeite de dendê.
Cor da roupa: vermelho e preto. Usa colar com contas vermelhas e pretas.
Animal: bode
Animais de sacrifício: boi, cabra, galo, galinha sempre de cor preta.
Vestes para o ritual: capas majestosas em vermelho e preto.
Local de culto: encruzilhadas – para simbolizar os vários lados de cada caminho.
Dia consagrado: segunda feira (mas pode atuar se solicitado em outros dias).
Ogum: Deus da guerra, da metalurgia, da tecnologia.
Orixá inventor, grande explorador de caminhos e general dos demais orixás.
Ogum é o filho primogênito da família dos Orixás Caçadores, foi encarregado por Olorum (criador do Universo) para abrir o caminho para todos os orixás. É Ogum quem abre todos os caminhos da vida. Seu perfil é valente, sério e justo. Sua morada é na floresta.
Elemento: terra
Metal: ferro
Cor: verde e azul (simbolizando a mata e o céu)
Ferramenta: Espada
Comida: milho amarelo cozido, com coco – (axoxó)
Animal: Cachorro
Local de culto: Estradas, principalmente em
estradas de ferro.
Animais de sacrifício: Bode, galo de cor avermelhada.
Vestes: saiotes de cor azul marinho e branco, capacetes de pano bordados com penacho das mesmas cores e uma corrente pendente do penacho.
Dia consagrado: Terça feira.
Oxóssi: Deus da fauna, da caça, da fartura. Senhor da Ecologia e patrono dos animais.
É esposo de Oxum, pai de Logum Edé e pai adotivo de Oiá Iansã. Oxossi é o irmão mais novo de Ogum, e responsável por toda a comida que chega até a nossa mesa. Seu nome significa: “caçador de uma só flecha”.
Devido à popularidade de seu culto, é patrono em muitos terreiros da Bahia.
Elemento: terra
Ferramenta: arco e flecha.
Comida: milho amarelo cozido com coco; feijão
fradinho torrado.
Animal: Cavalo.
Cor: Azul turquesa.
Animais de sacrifício: boi, bode, porco, galo mariscado (carijó) galinha d’angola.
Vestes: deve predominar o verde, saiotes de plumas, penacho e capacetes verdes. Nas mãos arcos e flechas podem acrescentar troféus de caça.
Dia: quinta-feira.
Ossaim: Deus das folhas e vegetação.
Animais de sacrifício: bode e galo desde que não sejam pretos.
Vestes: cor verde claro, o cetro é um galho de árvore, geralmente de café com seus frutos.
Dia: quinta-feira.
Oxumarê: Deus do arco-íris.
Animais de sacrifício: carneiro, cágado, galo avermelhado.
Vestes: bem coloridas, verdes e amarelos predominam, um torso colorido na cabeça com uma trança descendo pelas costas, até o chão. Por cima do torso uma coroa com imagem de uma cobra.
Dias: terça-feira e sábado.
Xapanã:Tem duas formas: Obaluaiê e Omulu. Obaluaiê é o Xapanã jovem, das pragas e doenças , da cura.
Animais de sacrifício: porco, bode, galo, galinha d’angola nas cores preta e branca.
Vestes: feitas nas cores das guias, pretas e brancas, recobertas de palha- da- costa, que tapa o rosto e todo corpo.
Dia: segunda-feira.
Omolu é o Xapanã velho, médico dos pobres.
Animais de sacrifício: bode, cabra, galo, galinha d’angola nas cores branca e preta.
Vestes: as mesmas de Xapanã Abaluaê tendo um cetro chamado xaxará.
Xangô: Deus da justiça e do trovão. Patrono da política, diplomacia, sedução e articulação. Senhor da vida, é o grande Rei dentre os orixás. Iansã, Obá e Oxum são suas esposas. Xangô controla o fogo, porém seu poder só tem efeito se praticado junto com Iansã, de quem Xangô não pode se separar.
Elemento: fogo
Metal: cobre
Comida: guisado de quiabo picado, temperado com dendê, camarão seco, cebola e pimenta.
Cor: vermelha e branca.
Animal: Leopardo
Local de culto: pedreiras
Animais de sacrifício: galo, boi, bode, carneiro todos avermelhados.
Vestes para o ritual: vermelhas e brancas, na cabeça coroa de latão ou cobre, na mão um cetro de latão em forma de machado.
Dia: quarta-feira.
Iansã: dona dos espíritos dos mortos e dos relâmpagos. Senhora da alegria e protetora das mulheres.
Seu nome significa “rápida, ligeira”. Filha adotiva de Oxossi, casou-se com Ogum e Xangô.
Junto com Xangô, ela controla o poder do fogo.
Elemento: mar
Metal: cobre
Comida: acarajé
Ferramenta: espada e uma espécie de cedro feito com rabo de boi.
Animal: búfalo e borboleta.
Local de culto: montanhas e lugares altos.
Cor: vermelho.
Animais de sacrifício: cabra que não seja preta e galinha avermelhada.
Vestes: são coloridas predominando a cor coral, usam muitos colares e enfeites, e na cabeça uma coroa bordada com imbé, franja de pérolas que caem sobre a face.
Dia: quarta-feira.
Obá: Deusa das águas, do poder da mulher e do trabalho doméstico.
Oxum: Deusa do amor e da fertilidade, das águas doces e do ouro.
Olorum, criador do Universo, enviou seus orixás até a terra. No entanto, ele esqueceu de enviar Oxum. A terra se tornou seca, sem água e sem vida. Percebendo o engano, Oxum foi enviada à terra para trazer beleza e fertilidade.
Oxum casou-se com Oxóssi e logo em seguida com Xangô. Mãe de Iansã e Logum Edé. Vaidosa e bela, Deusa do ouro, ela adora braceletes, coroas e espelhos.
Metal: ouro
Comida: feijão fradinho com camarão seco, cebola
e dendê.
Ferramenta: leque com espelhos (abebé)
Animal: pássaro
Local de culto: águas doce.
Animais de sacrifício: boi, cabra, galinha amarela.
Vestes: Amarelas com enfeites coloridos de azul, branco e rosa.
Dia: sábado.
Logum Edé: Orixá dos rios dentro das florestas.
Iemanjá: É a Grande Mãe dos Orixás, a deusa da maternidade, das grandes águas, mares e oceanos. Iemanjá é esposa de Oxalá. A palavra “Iemanjá” quer dizer “Grande Mãe cujos filhos são peixes”.
Aprecia pratos preparados com milho branco, azeite de dendê, cebola e camarão seco. Iemanjá é uma mulher sensual que encanta os navegantes.
Elemento: água
Metal: prata
Animais de sacrifício: cabra, ovelha. Pata de galinha toda branca.
Vestes: cor branca prateada, podendo ser adornada com azul claro ou rosa. Na cabeça uma coroa de cor branca.
Oferendas: flores, perfumes, jóias, bonecas, sabonetes, sendo que em todos os presentes oferecidos devem predominar cores claras, como a água.
Ferramenta: alforje de prata e o Bebé – leque prateado com pedras azuis, verdes e brancas transparentes.
Dia: sábado.
Animal: peixe
Nanã (Nanã Baruquê) Orixá da chuva, da lama e do fundo das águas. Promove a purificação da atmosfera e a limpeza.
Animais de sacrifício: cabras, galinhas e patas brancas.
Vestes: Roupas brancas com aplicações em roxo claro.
Dias: domingo e terça-feira.
Sincretismo: Santa Ana.
Oxalá: É o Senhor da Sabedoria de dois mundos: Orum (o céu) e Ayê (terra).
Manifestação cósmica do céu, da terra, da luz, da paz e do amor. Foi incumbido por Olorum, criador do Universo, para criar todos os seres da Terra.
É esposo de Yemanjá e Nana (a Anciã). Usa um cajado para separar os dois mundos. Seu cajado era feito da madeira da árvore dos orixás, (os irocos), uma árvore mística que ligava a terra ao céu através das suas raízes e galhos. Nos dias de hoje esse cajado é feito de prata. O mundo é dividido em duas partes: Oxalá é o princípio masculino da criação e Ododua o princípio feminino. Ambos se completam e não vivem separados.
Oxalá se apresenta de duas maneiras:
Como ancião – Abauxorô
Como guerreiro – Oxoriã
Tem duas formas de manifestação. Oxaguiã e Obatalá.
Oxaguiã: (nascer do sol) Deus da sobrevivência da criação, da cultura material.
Obatalá ou Oxalufã: (pôr do sol) Deus da criação e da humanidade.É o pai de todos os orixás.
Senhor do ar, do branco, da fala, símbolo da paz.
Chamado por muitos o Velhão.
Metal: prata
Animal: caramujo
Comida: massa de milho cozido colocado numa casca de banana.
Símbolo de proteção: grande pano branco.
Animais de sacrifício: boi pequeno, novilho, bode, cabra, carneiro, galinha e pombo sempre de cor branca. O pombo nunca deve ser sacrificado, é simplesmente oferecido e posto em liberdade.
Vestes: brancas com braceletes desenhados com búzios e paxorô (centro especial) prateados tendo na sua extremidade superior uma esfera encimada por uma pomba de asas abertas.
Dia: sexta-feira.
Erê ou Ibêji: Mediador entre Iaô e Babalaô.
Ao Erê não existe dia especialmente consagrado, pois atua às vezes antes da vinda dos orixás (transmite ordens recebidas dos orixás, vibrações).
É o Deus das guloseimas.
Nas manifestações de Erê, o Iaô sob a sua vibração se comporta como criança.
Ifá: Protetor do jogo de búzios, das artes divinatórias, de cola de dendê.
Este orixá jamais se incorpora, mas atua de outras maneiras.
Dia consagrado: domingo.
Ritos
Danças e ritmos
Durante os cultos, no Candomblé, predominam sempre, ritmos empolgantes e sons de instrumentos de percussão, num compasso bem marcado.
Por causa de seu rito, o candomblé se tornou conhecido como uma dança religiosa, de origem africana, na qual os iniciados reverenciam seus orixás. Esta dança é praticada principalmente por pessoas do sexo feminino, chamadas sambas.
Em seus ritos, a palavra orixá tem o peso de designar as forças cósmicas e vivas da Natureza, numa tradição que remonta aos homens primitivos.
Cerimônias
São várias as cerimônias no Candomblé. Quando um orixá está sendo homenageado, com os atabaques batendo e os iniciados e participantes cantando e dançando, pode acontecer que um dos presentes não iniciado receba a vibração do orixá que se homenageia. Com essa vibração, o participante entra em estado de inconsciência, em transe, caindo ao solo, num fenômeno chamado internamente de “bolar para o santo” ou “virar no santo”, se já for um iniciado. A pessoa em transe é levada para o roncó, onde ficará aguardando as determinações do babalaô, que mais tarde confirma o orixá manifestado, através da consulta ao Ifá (jogo dos Búzios). Depois disso ele realiza a cerimônia de feitura do orixá na cabeça.
Jogo dos Búzios
É uma das formas de se consultar o orixá Ifá, o orixá da adivinhação
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